Sergio Moro, ex-juiz federal da Lava Jato, corre o risco ter seu mandato como senador cassado pela justiça eleitoral, em uma ação assinada pelo PT de lula, pelo PL de Bolsonaro e pelo ministério público eleitoral, ainda de 2022.

Sabendo do risco que corre, Moro costura nos bastidores. um dos pontos altos dessas conversas por trás dos panos foi o encontro com o ministro do STF, Gilmar Mendes, noticiado pela Mônica Bergamo, na Folha de SP e outros colunistas.

“Você e Dallagnol roubavam galinha juntos. Não diga que não, Sergio”.

Estas aspas são atribuídas ao ministro Gilmar Mendes, do STF, segundo o colunista Guilherme Amado, do METRÓPOLES.

“Tudo o que a Vaza Jato revelou, eu já sabia que você e Dallagnol faziam. Vocês combinavam o que estaria nas peças. Não venha dizer que não”.

Continuou Gilmar Mendes, que em 2016 impediu a posse de Lula como ministro da Casa-Civil do governo Dilma Rousseff, em uma decisão monocrática e com base em um grampo ilegal vazado à imprensa pelo então juiz Sergio Moro. O famoso áudio do "Bessias".

Depois passou a criticar os métodos da Lava Jato e, mais recentemente, como decano da Corte, tem sido porta-voz da repaginada que o STF busca imprimir em sua imagem: agora bastião das garantias legais e da democracia, enquanto num passado recente dava sustentação à força-tarefa, o que teria sido da lava jato sem a prisão em segunda instância por exemplo?

“Certa vez, Sergio, o Paulo Guedes veio aqui ao meu gabinete e disse orgulhoso que havia sido ele quem havia ido a Curitiba convidar você para ser ministro do Bolsonaro. Eu disse a ele que talvez ele não tenha percebido, mas, ao conseguir tirar você de Curitiba, ele deveria colocar isso no currículo. Foi certamente um dos maiores feitos dele no ministério”.

Aqui o ministro do STF, no bom português do brasil, zoa sergio moro. 

“Você faltou a muitas aulas, Sergio. Curitiba não te ajudou em nada. Aproveite que está no Senado e estude um pouco. A biblioteca do Senado é ótima, você deveria frequentar”.

Não houve nenhum desmentido pelos citados. Além de Gilmar Mendes e Sergio Moro, participou também o senador da república Wellington Fagundes, do PL do Mato Grosso, estado natal de Gilmar Mendes.

Esse tipo de encontro e sua divulgação, sem ninguém desmenti aspas como essas, não deveria entrar no rol de ações que comprometem a democracia brasileira ou faz parte do jogo?

Se faz parte do jogo, se está liberado, não há o que se falar de ataque à democracia quando se critica esse estado de coisas.