PF encontra fugitivos do presídio de segurança máxima de Mossoró, no RN.
As autoridades brasileiras ficaram 50 dias sem saber o
paradeiro da dupla.
Rogério da Silva Mendonça, de 36 anos, e Deibson Cabral Nascimento, de 33 anos, membros do Comando Vermelho do Acre e fugitivos do presídio federal de segurança máxima de Mossoró, no Rio Grande do Norte, foram encontrados pela polícia federal, em Marabá, cidade localizada a 565 km de Belém, capital do estado do Pará, e a 1.600 km de onde fugiram no dia 14 de fevereiro de 2024.
A prisão dos fugitivos, portanto, ocorre 51 dias após os
dois terem fugido da prisão usando de uma brecha nas luminárias das celas,
versão que não convenceu, e depois de ter obrigado o ministério da Justiça e
segurança pública gastar 1.3 milhão de reais apenas em diárias pagas aos 111
agentes da Força Nacional deslocados para as buscas.
Os agentes, que são policiais estaduais emprestados ao
governo federal, participaram das buscas entre os dias 23/2 e 29/3, e não
fizeram parte da operação que prendeu os dois fugitivos.
Foi a primeira fuga registrada em uma prisão de segurança
máxima e preocupou o governo Lula à medida que as buscas pareciam não avançar.
A prisão dos fugitivos pode ser vista de duas formas:
Um alento para o ministro Ricardo Lewandowski, há pouco mais
de 60 dias à frente do ministério da Justiça e Segurança Pública, e que se via
pressionado a encontrar os fugitivos; e como mais uma boa notícia nesse início
de gestão, à semelhança dos anúncios no caso Marielle.
Mesmo que nada aponte nesse sentido, agora que os fugitivos
foram recapturados as investigações poderiam avançar sobre as facilidades
identificadas na fuga.
Apontar quem do próprio sistema prisional teve ou não
envolvimento.
A única certeza em toda essa história é que sem as
facilidades dificilmente a dupla teria ficado 50 dias sem paradeiro conhecido.
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